20 de dez. de 2007

Eonismo e Fetichismo

"Laços estreitos unem o travestismo (eonismo) e o fetichismo. Todavia é preciso sublinhar que o fetichista dedica-se a exigir da sua companheira o uso de certa peça de vestuário (lingerie, roupa, sapatos, etc.), enquanto que o travesti (eonista) deseja usar ele mesmo este vestuário.
Por outro lado, na maior parte dos casos, o fetichista será mais ou menos ligado a uma certa peça de vestuário que acordará o seu desejo erótico, enquanto que o travesti (eonista) reagirá a todas as formas das roupas femininas. O travesti (eonista) não se contenta por usar um par de sapatos de salto alto: ele pretende adotar o vestuário feminino nos seus mínimos detalhes e tenta sempre ser visto neste “adorno” mesmo que ele não ouse traduzir esta tendência exibicionista por atos.
O EONISTA “TIPO”
Existe um travesti “tipo”, ou seja, que se possa reconhecer? Quais os sinais para o reconhecimento?
A resposta a estas duas perguntas é negativa. Os travestis (eonistas) só têm em comum o gosto por se travestir e, exceção feita a um muito pequeno número de casos, é impossível reconhece-los. Na vida quotidiana, nada distingue os travestis (eonistas) dos outros homens e a maior parte do tempo os seus amigos íntimos e a própria família jamais descobrirão a sua tendência para a roupa feminina.
AS CAUSAS DO EONISMO
O impulso de se travestir manifesta-se geralmente cedo e persiste por toda a vida. Todos os homens que têm esta inclinação para a roupa feminina, foram desde a infância atraídos pelo vestuário feminino. Afirma-se por vezes que os pais descontentes pelo sexo do seu filho acabam desenvolvendo neles inconscientemente esta tendência, seja vestindo-o de menina, ou ainda fazendo um rapaz vestir roupa de menina para o punir. Esta última hipótese é freqüente nos textos dedicados ao travestismo (eonismo).
Parece mais honesto reconhecer que a origem do travesti (eonista) seja ainda imprecisa e que vai manter-se assim enquanto não se fizerem estudos mais profundos não somente nos travestis que seguem um tratamento psiquiátrico, mas, sobretudo sobre a maioria dos que se mantém afastada dos clínicos.
A maioria dos travestis declara ter sentido, desde a mais tenra idade, um desejo inexplicável e ao mesmo tempo irreprimível de experimentar uma peça ou outra do vestuário feminino, que seria o da irmã ou da mãe. Este ato, e o contacto do tecido sobre a pele desperta uma sensação de exaltação intensa de natureza incontestavelmente sexual e o uso do vestuário tido como excitante suscita na maior parte dos casos manobras de auto-satisfação. Em seguida, esta experiência agradável será repetida todas as vezes que a ocasião se apresente, e outras peças do vestuário serão “adicionadas”.
Depois de um tempo mais ou menos longo, o jovem travesti (eonista) acaba por se vestir completamente de mulher. Ele utilizará igualmente maquiagem de maneira a parecer tão feminino quanto possível e todas estas experiências lhe parecerão excessivamente agradáveis.
Cedo ou tarde ele acabará por constituir um guarda roupa completo, começando geralmente por adquirir lingerie, meias ou roupas colantes, depois pouco a pouco sapatos, vestidos, maquiagens, perucas, seios postiços para arredondar um peito plano.
Entretanto, o neófito, passado o primeiro período de exaltação, não demorará a sentir crises de remorsos durante as quais sentirá que usa roupas “interditas” pelos preceitos da educação que recebeu. O sentimento de culpa que acompanha esta descoberta conduzirá à depressão e finalmente ele queimará ou deitará no lixo as suas roupas femininas até ao momento da sua paixão ressurgir e ele começar uma nova coleção."
Autor Desconhecido - Retirado do Site Brazilian Crossdressers Club

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